quinta-feira, 31 de março de 2011

Vídeo: Macaco Bong - Shift

Uma das melhores descobertas da última semana, indicada pelo @fredrhae, Macaco Bong:


Macaco Bong - Shift

Post Rock de Cuiabá de primeira qualidade! Estou ouvindo direto o primeiro disco deles, Artista Igual Pedreiro!

O álbum encontra-se disponível para download completo em ótima qualidade (e com encarte) no site da Trama. É só pesquisar por Macaco Bong que aparece.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Vídeo: Smooth Criminal por 2 violoncelos



Muito boa essa intepretação do clássico "Smooth Criminal" do Michael Jackson pelos violoncelistas Stjepan Hauser e Luka Sulic.

O estilo agressivo lembra muito o Cello Metal da banda finlandesa Apocalyptica, abaixo executando sua versão de "Hall of the Mountain King", do compositor Edvard Grieg.

terça-feira, 15 de março de 2011

Review: Pure Reason Revolution - The Dark Third


1. Aeropause (5:04)
2. Goshen's Remains (5:45)
3. Apprentice Of The Universe (4:16)
4. The Bright Ambassadors Of Morning (11:56)
5. Nimos And Tambos (3:44)
6. Voices On Winter / In The Realms Of The Divine (6:35)
7. Bullitts Dominæ (5:22)
8. Arrival / The Intention Craft (8:53)
9. He Tried To Show Them Magic! / Ambassadors Return (13:13)

Mais uma banda que eu estava qurendo colocar no Cancelando Ruído já há algum tempo. Os ingleses do Pure Reason Revolution foram uma das minhas maiores "descobertas" ano passado. Apresentando um prog moderno com forte influência da música eletrônica, a banda mostra serviço em seus 3 álbuns já lançados.

O primeiro trabalho da banda, The Dark Third, é o mais fiel às raízes progressivas e, talvez por isso, o que eu mais ouço. O título refere-se ao terço da vida que passamos dormindo, sonhando, inconscientes. Seguindo o tema, as músicas possuem clima aéreo com uma grande quantidade de camadas sonoras e mudanças melódicas.

O combo inicial, "Aeropause", "Goshen's Remains" e "Apprentice Of The Universe", é certamente a sessão musical que eu mais ouvi nos últimos meses. O começo instrumental "floydiano" e a entrada sensacional do vocal de Chloë Alper (que também toca o baixo da banda) já são o suficiente para deixar o ouvinte em alerta.

Mas o restante de "Goshen's Remains" mostra uma superposição de sons impressionante. Quando os violinos invadem o ambiente seguidos por uma profusão de vocais masculinos e femininos você se rende. E ainda nem começou "Apprentice Of The Universe", com bruscas variações entre trechos melódicos e acelerados. Confiram.


Pure Reason Revolution
Aeropause, Goshen's Remains, Apprentice Of The Universe

Mas o épico oficial de The Dark Third é "The Bright Ambassadors Of Morning" e sua pseudo continuação que termina o álbum, "He Tried To Show Them Magic! / Ambassadors Return". Os arranjos vocais dessas músicas são incríveis. A grande participação de órgãos e sitetizadores adiciona ainda mais personalidade às músicas. Outro grande destaque do álbum, que nem precisava mais provar alguma coisa.


Pure Reason Revolution - The Bright Ambassadors Of Morning

Para falar a verdade, esse disco não possui faixas fracas. Apesar de ter destacado os dois momentos mais épicos, as faixas que se seguem são todas excelentes. "Nimos And Tambos" possui de longe o refrão mais empolgante e rápido do álbum, "Voices On Winter / In The Realms Of The Divine" possui os tons mais melancólicos e ótimos duetos, "Bullitts Dominæ" possui boas passagens de violino e mais um refrão interessante. "Arrival / The Intention Craft" talvez seja a faixa menos criativa, sendo um retalho de outros trechos do álbum.

Pure Reason Revolution lançou um excelente primeiro trabalho com The Dark Third, sendo altamente recomendado para os leitores do blog. A única ressalva que faço é que os álbuns seguintes da banda apresentam um foco maior nas influências eletrônicas e nas batidas mais aceleradas. Apesar de eu apreciá-los da mesma forma, alguns podem ficar receosos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Review: Big Big Train - The Underfall Yard

1. "Evening Star" – 4:53
2. "Master James Of St. George" – 6:19
3. "Victorian Brickwork" – 12:33
4. "Last Train" – 6:28
5. "Winchester Diver" – 7:31
6. "The Underfall Yard" – 22:45

The Underfall Yard, o último disco da banda britânica Big Big Train, foi listado por muitos entre os melhores lançamentos progressivos de 2009. Talvez a principal característica deste álbum seja sua capacidade de mostrar prog de qualidade e ao mesmo tempo ser consideravelmente acessível a quem não ouve tanto o gênero.

A abertura do disco, "Evening Star", já prepara o ambiente para melodias intricadas e agradáveis que virão. Coros e um variado conjunto de instrumentos (destaque para a flauta e para o mellotron) geram agradáveis camadas sonoras sinfônicas.

Em seguida vem a minha faixa preferida, "Master James Of St. George". Já me peguei ouvindo essa música repetidas vezes seguidas... O contraste da melodia suave com o refrão empolgante é sensacional. Conta pontos também os bons solos de guitarra e as quebras de ritmo, ditadas pelas viradas de bateria.


Big Big Train - Master James Of St. George

"Victorian Brickwork" começa lenta e suave, apresentando mudanças constantes, culminando em épicos solos que convergem em um final bem emocionante. A qualidade intrumental é mantida em "Last Train", com um ótimo solo de guitarra, agora mais acelerado, mas sem perder o clima emocionante, mantido pelos coros. "Winchester Diver" parece uma continuação direta da faixa anterior, mas com ênfase nos vocais intensos e nos tons emocionantes.


Big Big Train - Winchester Diver

A longa e épica faixa título encerra o disco muito bem. Aqui o som continua dominado por mellotrons e guitarras. Flautas e coros ajudam a manter o tema sinfônico do álbum. Mas como esperado de uma música de mais de 22 minutos, há varias passagens que alternam velocidade e feeling.

The Underfall Yard não só é altamente recomendado para fãs de prog em geral, como também para aqueles que têm vontade de se aproximar mais desse gênero tão instigante.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Review: Mew - Frengers


  1. Am I Wry? No (4:54)
  2. 156 (4:55)
  3. Snow Brigade (4:22)
  4. Symmetry (5:39)
  5. Behind the Drapes (3:40)
  6. Her Voice Is Beyond Her Years (2:48)
  7. Eight Flew Over, One Was Destroyed (4:48)
  8. She Came Home for Christmas (3:55)
  9. She Spider (4:44)
  10. Comforting Sounds (8:58)
Diretamente da Dinamarca, os integrantes da banda Mew nos trazem desde 1997, quando lançaram A Triumph For Man, músicas difíceis de serem rotuladas. Frengers, de 2003, foi o terceiro álbum do grupo e é o meu escolhido para esse review. Este álbum na verdade é na maior parte formado por regravações de faixas dos dois primeiros discos da banda, sendo assim uma boa introdução à musicalidade do Mew.

Sempre desafiando as barreiras existentes entre o que é pop e o que é cult, a banda tende um pouco para o estilo "ame ou odeie", principalmente por causa da voz "excessivamente" melódica do vocalista Jonas Bjerre. Ok, na verdade a voz dele às vezes parece até de uma criança. Mas a verdade é que ela combina perfeitamente com a proposta da banda de fazer sons que remetem passagens oníricas cercadas por paredes sonoras.


Mew - Am I Wry? No

Aliás, paredes sonoras são o que não falta nesse álbum. O aglomerado de sons, formado por guitarras e teclados, típico de bandas do chamado Shoegaze, foi outro ponto que me chamou a atenção aqui.

Frengers, neologismo para "friends + strangers", possui partes bem diferentes, mas igualmente interessantes, desde as faixas mais diretas, candidatas a single, como "Am I Wry ? No" e "Snow Brigade", até as mais intimistas "Behind The Drapes" e "Her Voice Is Beyond Her Years". Outro ponto alto é "Comforting Sounds", com ritmo crescente bem agradável, concluindo com um longo trecho instrumental.


Mew - Snow Brigade

"Symmetry" merece uma menção especial. Nessa música, Bjerre faz um dueto com uma menina de 13 anos. O resultado é uma impressionante e belíssima canção acústica.


Mew - Symmetry

No final, Frengers é um bom álbum, apesar de não ser para todos. Aqueles que desejam algo mais frenético certamente irão se decepcionar. Mas para músicas mais "viajantes" ou intimistas, é uma excelente escolha.
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