quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Review: Riverside - Out of Myself


  1. The Same River (12:01)
  2. Out of Myself (3:43)
  3. I Believe (4:14)
  4. Reality Dream (6:15)
  5. Loose Heart (4:50)
  6. Reality Dream II (4:45)
  7. In Two Minds (4:38)
  8. The Curtain Falls (7:59)
  9. OK (4:46)
Este álbum foi um dos mais cotados por mim para o primeiro post do Cancelando Ruído. Na verdade, nem saberia dizer porque In Absentia levou a disputa. Com uma introdução dessas já pode-se ver o quanto eu aprecio essas 9 músicas aí em cima.

Out of Myself, lançado em 2003, é o primeiro disco da banda progressiva polonesa Riverside. E como todo debut de banda, especialmente daquelas que se consideram representantes do Prog, precisava mostrar algo diferente, chamativo e relevante. Mas o Riverside talvez tenha exagerado um pouco e ido além dessa premissa...

Quando acabei de ouvir "The Same River" já tinha a convicção de que essa banda seria excepcional. A introdução radiofônica, as linhas evasivas de guitarra/baixo cercadas pela bateria segura e a cortina de vocais suaves de Mariusz Duda (que também é baixista) são um início interessante. Então começam os teclados e mellotrons de Jacek Melnicki, ajudando a compor o ambiente. Na metade da música, quando os vocais tomam forma de vez, as camadas de som já são tantas que você se perde na corrente de melodias. Sem medo de ser precipitado, posso afirmar que essa é uma das melhores faixas progressivas que já escutei. E lembrem que é a primeira música do primeiro álbum da banda !


Riverside - The Same River

"Out of Myself" é claramente mais tensa, mostrando a face Progressive Metal da banda, com vocais nervosos que começam leves mas terminam em gritos que contrastam com a beleza dos teclados. "I Believe" começa com cara de interlúdio, com trechos de conversa. Mas o violão que se inicia logo em seguida, acompanhado por Duda no seu melhor momento do disco, torna essa melancólica música imperdível. "Reality Dream" quebra o ritmo lento, com 6 minutos instrumentais mais acelerados de alta qualidade.

A melancolia retorna em "Loose Heart", com solos suaves que denunciam as influências Floydianas e de bandas como Porcupine Tree, o que na verdade é quase uma recursão. Mesmo com os pseudo-guturais no final da música, essa faixa é predominantemente suave e melódica. O clima soturno é seguido pela "Reality Dream II", outra trilha instrumental preenchida com várias camadas sonoras.

Sussurros dão início a "In Two Minds", que possui como destaque as melodias vocais de Duda que parecem se misturar às passagens instrumentais e resultam em uma belíssima ambientação sonora. Uma das melhores do álbum.


Riverside - In Two Minds

"The Curtain Falls" é talvez a música mais completa em Out of Myself. Início e fim suaves, tom psicodélico ditado por coros e sussuros, linha de baixo acelerada e mais uma guitarra nos moldes Floydianos colocam essa música em uma segura segunda posição no disco.


Riverside - The Curtain Falls

"OK" fecha o álbum em um clima lento, suave e atmosférico. inlusive com a presença de um melódico trombone. Alguns podem achar sonolenta demais, outros simplesmente irão aproveitar.

O Riverside teve um início excelente com Out of Myself, trazendo composições elaboradas e agradáveis. Mais empolgante ainda é saber que a banda possui outros 3 discos tão bons ou até melhores, que são obrigatórios para quem como eu já havia se impressionado com este daqui.

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